quarta-feira, 23 de setembro de 2009

sábado, 19 de setembro de 2009

sábado, 1 de agosto de 2009

A DEPLORÁVEL EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS BRASILEIRAS


Complexus Educação ambiental



"A educação ambiental ministrada nas escolas é deplorável. Consiste em colocar penduricalhos na educação clássica religiosa, humanista e tecnicista. Além de continuar a enaltecer a magnificência do Homem, ela ensina a plantar mudas de árvores e outras baboseiras mais."

Depois de muito usada, a expressão educação ambiental se desgastou, assim como aconteceu com desenvolvimento sustentável. No princípio, a educação ambiental tinha por objetivo compatibilizar desenvolvimento econômico com proteção do ambiente. Na década de 1990, ela se desdobrou em várias tendências, como mostra o livro 'Identidades da Educação Ambiental Brasileira': educação ambiental crítica, educação ambiental transformadora, ecopedagogia, educação ambiental libertadora, alfabetização ecológica, educação ambiental conservadora etc.

Diante desta proliferação de linhas, há quem diga, atualmente, que bastaria apenas a palavra educação. Se agredimos o ambiente, dizem alguns, é por falta de educação. No Brasil, principalmente, a taxa de analfabetismo, de semi-alfabetismo ou de educação não aprimorada leva as pessoas a menosprezarem o ambiente e a desrespeitá-lo. Uma pessoa verdadeiramente educada - dizem os defensores da palavra educação pura e simples - não cometem atentados à natureza.

Pois defendo postura completamente oposta. O que conta não é a taxa nem o grau de educação, mas o paradigma educacional. Não se pode dizer que graduados em diversos cursos superiores, professores, pós-graduados, mestres, doutores, pós-doutores não tenham sido educados. No entanto, são eles os que mais desprezam e agridem a natureza. O desrespeito ao ambiente é ensinado e aprendido na escola de todos os graus. O paradigma educacional ainda vigente pode se bifurcar em duas linhas. A primeira se funda no humanismo. Nesta vertente, aprendemos que o Homem é o ser mais importante do planeta. Pela educação religiosa, esta concepção se sustenta no fato de o Homem ser a criatura dileta de Deus, escolhida por ele para reinar e dominar a natureza. Pela educação laica, não é preciso enfatizar nossa condição de filho preferido de Deus. Basta acreditar que o Homem é o mais inteligente dos animais, aquele que se separou da natureza e fundou o reino da sociedade e da cultura. A outra linha é a tecnicista, que aplica impiedosamente os mandamentos do humanismo.

Esta ótica cria guerreiros contra a natureza. Na minha vida acadêmica, observo como existe, entre professores e pesquisadores, uma profunda ignorância acerca do ambiente. E não falo apenas de professores conservadores, como também dos progressistas. Todos ou quase todos, a sua maneira, pensam na sua vidinha, na sua carreira medíocre, na sua carreira repleta de títulos, em cargos etc. A maioria deles considera a crise ambiental uma falácia e debocha dos que se preocupam com a destruição da natureza. A maioria não sabe nem quer saber da questão. A maioria diz que esta não é a sua especialidade, como se alguém pudesse se furtar do tema atualmente. Num mundo de especialistas, não é possível dominar matemática, física, química, ciências sociais em profundidade. Mas exige-se um mínimo de conhecimento, como se exige saber ler e escrever.

Assim, um conhecimento e uma atitude mínimos em relação à questão ambiental devem fazer parte de todos, mesmo dos intelectuais de esquerda. De tanto se bater nesta tecla, conhecimentos e atitudes supérfluas têm sido incorporados pela nossa educação, tais como urinar durante o banho para não gastar água com descarga de vaso sanitário, não jogar papel de bala na rua, tratar bem os animais, dar comida a pombos e tantas outras futilidades. Dentro de suas especialidades, o especialista é profundo. Saindo dela, cai no senso comum. Um ameríndio não aculturado tem educação muito mais aprimorada para o ambiente que um dos nossos, como mostra o diálogo que Jean de Léry manteve com um velho índio tupinambá no século 16.

A educação ambiental ministrada nas escolas é deplorável. Consiste em colocar penduricalhos na educação clássica - religiosa, humanista e tecnicista. Além de continuar a enaltecer a magnificência do Homem, ela ensina a plantar mudas de árvores e outras baboseiras mais.

No final dos anos de 1970, entendi que a questão estava na mudança profunda de paradigma em todos os aspectos da civilização. Que o alvo era o capitalismo e o socialismo na sua versão pragmática, as duas faces e as duas facas da Modernidade, a crer que a natureza era inesgotável na entrada e na saída. Que o problema estava na concepção (meio hipócrita) destes dois sistemas quanto à importância da humanidade e da simplificação da natureza. Hoje, o alvo se volta apenas para capitalismo, com seu desvario consumista, que não incorpora a complexidade da biodiversidade, da destruição de ecossistemas, da liberação de gases do efeito estufa para a atmosfera. Chamei a este enfoque de ecoeducação e, até hoje, continuo a crer nela.
Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes (RJ), 19 de julho de 2009
Autor: Aristides Arthur Soffiati

terça-feira, 28 de julho de 2009

segunda-feira, 27 de julho de 2009

PROMOVER A LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

Ao provocarmos situações pedagógicas que levem os alunos a construir conhecimentos, por meio do trabalho com diversos conteúdos, utilizamos principalmente a linguagem verbal, oral e escrita. E é na escola que encontramos um universo discursivo que exerce um papel relevante nos processos de ensinar e aprender.
A linguagem oral em que as crianças e os adolescentes se expressam está impregnada de seus grupos sociais de origem, valores e conhecimentos. Assim o seu modo de falar, agir e escrever estão intrinsecamente ligado ao seu repertório cultural, de vida, ou seja, seu modo de [re]ler a realidade. E é através desse falar/modos de ser, que o trabalho pedagógico deve ser organizado, de forma que tenha sentido para os seus educandos.
É no processo pedagógico que o educador deve constituir o seu planejamento de forma que o mesmo possa suprir as reais necessidades dos educandos em um processo de interlocução, e que os mesmos se constituem como produtores de textos orais. Acertando e errando, ou melhor, acertando e tentando acertar, os educandos vão buscando regularidades na língua, ao depreenderem suas normas.

[...] os fracos resultados obtidos no processo de ensino aprendizagem da leitura
e escrita encontram-se na falta de uma sólida fundamentação, por parte dos
educadores, a respeito dos processos de descodificação e codificação, que por
sua vez constituem as duas vias do sistema alfabético e, portanto, a base para
complexos processos de compreensão e produção do texto escrito. (SCLIAR-CABRAL,
2003 apud FRANÇA, 2007, p. 32).


Diante do exposto o trabalho do professor é o de proporcionar atividades e questionamentos que considerem as microanalises, elementos de analise que tenham como ponto de partida elementos menores do texto (letra, fonema, sílaba, etc), e também a macroanalise, ou seja, aqueles que têm como ponto de partida as característica mais globais (tipo de temática, tipo de texto, gramática, linguagem, vocabulário, etc).
Para que este trabalho seja efetivo é preciso ressaltar a importância que o educador tem de proporcionar oportunidades de construção da linguagem escrita por diversas maneiras, para que o educando tenha possibilidades de aprimorar o seu repertório lingüístico e assim se proficiente na hora de sua fruição e produção textual. Ainda é preciso que os educandos tenham acesso e contato intenso com diferentes textos para que possam explora-los, perguntando sobre eles, tentando adivinhar seus conteúdos, observando sua organização e suas marcas, para que possam elaborar saberes sobre as suas característica e ampliando seus conhecimentos de mundo. É preciso ler muito para as crianças, não somente para as que estão nas séries iniciais, para que elas aprendam sobre a lingua escrita e possam estabelecer diferenças entre as modalidades oral e escrita.
Quando a criança aprende a escrever, ela analisa a linguagem verbal, o que a leva a ampliar, também, os conhecimentos da linguagem oral. Para isto é importante que o educador esteja atento as produções dos seus educandos, pois é preciso conversar sobre quais as intenções do texto e de quem escreve, para que e para quem se escreve, sobre os conhecimentos construído e em construção. É preciso, enfim, reafirmar incessantemente a condição das crianças como produtoras de sentido e, logo como autoras e leitoras.

[...] ao uso inicial da modalidade escrita por uma minoria opunha-se uma vasta população de iletrados e reafirma que a escrita co-existe com a exclusão e/ou a pobreza e/ou ser explorado e/ou ser limitado em seus direitos no exercício da cidadania; porém, apesar disso, diferentemente da fala, a escrita não condena ninguém ou nenhum grupo social à extinção física. (FRANÇA, 2007, p. 32).


Será que do ponto de vista do método de trabalho, se queremos trabalhar no sentido de uma sociedade democrática, é relevante a criação de espaços pedagógicos em que tanto o educador quanto os educandos possam elaborar propostas de atividades, de projetos e planejamentos? Quanto a influência da família na escola e vice-versa contribui para uma formação cidadã através do uso da produção oral e escrita? A produção da linguagem oral e escrita nas escolas contribuem de que forma para o desenvolvimento e aprimoramento do repertório cultural?
Ademais, é o seu trabalho, agindo com a linguagem e sobre a linguagem, que os torna seres falantes e participantes em um universo social. Como dizia Paulo Freire, a escola precisa ser séria, mas não precisa ser sisuda.

Édio Costa

quinta-feira, 23 de julho de 2009

QUAL A FUNÇÃO?

Somos condicionados, pela cultura utilitária que nos rodeia e sufoca, a acreditar que tudo tem uma função. Trata-se de uma crença equivocada e desumana. As coisas... mais importantes da vida costumam ser julgada, jsutamente aquelas sobre as quais não cabe falar em função.
Qual a função da amizade?
Qual a função do sublime?
Qual a função da saudade?
Qual a função da política? Da corrupção, do amor, da cultura, do país?
Qual a função do professor? Do aluno?
Qual a função de estarmos aqui? Qual a função da vida?
Será que a função é expurgarmos os impropérios mais inóspito de nossa psiquê doentia? A função pode trazer personagens paradoxais, por vezes incoerentes, mergulhadas num constante processo de amadurecimento, lutando para construir o significado.
Tantos problemas dramaticamente unidos nos fazem pensar que o mundo não só está em crise; encontra-se em violento estado no qual se enfrentam as forças de morte e as forças de vida que se pode chamar de agonia.
Ainda que solidários, os humanos permanecem inimigos uns dos outros, e o desencadeamento de ódios de raça, religião, ideologia conduz sempre à guerras, massacres, torturas, ódios, desprezo.
Os processos são destruidores de um mundo antigo, aqui multimilenar, ali, multissecular. A humanidade não consegue gerar a humanidade. Não sabemos ainda se, se trata só da agonia ou da função de um velho mundo - prenúncio do novo nascimento - ou da agonia mortal.
Nova consciência começa a surgir: a humanidade é conduzida para uma aventura desconhecida.
Em tempos sem limites, individualismo doentio e coisificação do homem - com efeitos nefastos numa sociedade desequilibrada como a nossa, o que nos resta é perguntarmos.
Qual a função?
A humanidade deixou de constituir uma função sem raízes: está enraizada em uma Pátria, a Terra, e a Terra é uma Pátria sem Função e em PERIGO.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Como professores, que tipos de ambientes de aprendizagem são mais adequados para gerar aprendizagens e favorecer o desenvolvimento da criança?



É preciso que a Escola e seus educadores atentem que não tem como função
ensinar aquilo que o aluno pode aprender por si mesmo e sim, potencializar o
processo de aprendizagem do estudante. A função da Escola é fazer com que os
conceitos espontâneos, informais, que as crianças adquirem na convivência
social, evoluam para o nível dos conceitos científicos, sistemáticos e formais,
adquiridos pelo ensino. Eis aí o papel mediador do docente.


Vera Lúcia Camara Zacharias é mestre em Educação

domingo, 19 de julho de 2009

Metadisciplinar: uma opção de mudança educacional


Refletir sobre o processo educativo é permear pelo campo do planejamento. É de fundamental importância que o grupo escolar seja consciente de que é através do planejamento que se faz viável os objetivos estabelecidos durante o ano escolar. A comunidade escolar (docentes, discentes e responsáveis), deve ter claro a funcionalidade e a importância do que é fazer um plano. O ato de planejar tem como primeiro passo um estudo da situação real do ambiente escolar, quais os aspectos negativos e positivos que circundam determinado meio.
Um estudo aprofundado de como vivem as famílias dos alunos, em que ponto deve-se atuar para, de certa forma, melhorar a convivência na sociedade e o desenvolvimento da mesma. Depois de termos feito esta avaliação da situação é hora de analisarmos o que a escola pode fazer, e é neste momento que deve-se criar objetivos que serão feitos através de perguntas surgidas já na análise da situação da comunidade escolar, para então, propor objetivos que irão sanar as dificuldades verificadas pelo grupo.
E devido a isso, a metadisciplinaridade vem auxiliar a comunidade escolar norteando-a nas concepções filosóficas, psicológicas e pedagógicas que permeiam um Projeto Político Pedagógico, fazendo com que ele satisfaça as reais necessidades da comunidade escolar. Ressaltando que, para o planejamento ser eficaz é preciso que o mesmo seja iniciado no final do ano letivo para ser aplicado no ano seguinte.
É necessário que se planeje com o pensamento voltado ao aluno que irá receber este plano. Para isto ser viável é preciso que todo o grupo esteja efetivamente envolvido. O ponto de partida de um planejamento pode ser o próprio ponto de partida, ou o ponto de chegada, ou seja, devemos estar conscientes em qual lugar queremos chegar, estarmos cientes do que queremos atingir. Desta forma, o plano elaborado não perderá seu rumo norteador e alcançaremos os objetivos idealizados.
Para que o planejamento escolar dê certo, o gestor tem de assumir uma função vital, a de manipular o grupo docente. Cabe a ele estar instigando o grupo a planejar, e a difícil tarefa de manter um clima de comprometimento, sensibilidade e respeito entre os professores, pois se torna complicado o ato de planejar quando a escola, seus integrantes, vive em um clima hostil. Todos devem respeitar os diversos tipos de opiniões e ações para que o planejamento aconteça. Além disso, é preciso que as função dos atuantes da escola estejam bem resolvidas, e que o grupo esteja bem organizado.

Deve ser feito na escola dois planejamentos, um da unidade escolar, de forma coletiva, e outro individual de cada disciplina. O professor quando faz o seu plano tem de levar em conta as características dos alunos, ou melhor, as necessidades e as individualidades de cada um. O plano para ser completo tem de acalentar a “bagagem” dos alunos, que nem sempre são as mesmas, não só as dificuldades precisam ser trabalhadas, mas também as habilidades deverão ser exploradas.
Todas estas pesquisas, metas e objetivos, caminhos traçados pelo grupo para um bom andamento da escola, se tornarão um material de importância para o meio educativo, pois de nada adianta se fazer um P.P.P. muito bem traçado se o mesmo só possuir finalidade burocrática. Ele deve ir muito além de uma exigência burocrática, é o documento no qual estão explícitas as metas e objetivos que se referem às atividades pedagógicas, administrativas bem como as concepções filopsicopedagógicas.


Projeto pedagógico, busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional com um sentido explícito, com compromisso definido coletivamente. Por isso, todo processo pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio-político e com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. (VEIGA, 1995, p.35)


O Projeto Político Pedagógico deve ser preparado dentro de três vieses, o filosófico, o psicológico e o pedagógico. Dentro destes três rumos encontramos diversos teóricos que nos dão suporte e embasamento para a estruturação do P.P.P. No campo filosófico encontramos o apoio pluridimenssional em seus aspectos econômicos, políticos e sociais, pois, é a partir dele que se responde que tipo de cidadão quer se formar. Já no campo psicológico, temos o embasamento para sabermos quais caminhos devemos tomar com o nosso indivíduo, sem deixar de respeitar suas limitações e habilidades. No campo pedagógico temos os caminhos que vamos utilizar para fazer com que encontremos nossos objetivos. Estes três eixos dão sustentação ao triângulo da educação e a sociedade que queremos formar.
Em frente as realidades da escola, sabemos que existem vários fantasmas que espantam e dificultam a formulação do planejamento. Começamos pela parte de funcionamento das atribuições de cargos dentro da escola. Percebe-se que as funções se confundem ou se limitam dentro da escola. A mais visível e omitida é a do gestor, que sufoca sua atuação vital dentro da escola, com burocracia, limitando-se a cuidar somente da parte administrativa da unidade escolar. Sem o gestor para estar estimulando os professores esta tarefa acaba sendo atribuída ao assistente técnico pedagógico, que, em muitos casos, não sabe exatamente qual a sua função, que em muitas vezes acaba tomando a mesma posição do gestor, limitando-se somente a parte administrativa.
Os professores dentro desta situação acabam ficando a mercê deste descaso, muitas vezes, o que pode fazer com que os professores trabalhem em um clima de descomprometimento. Não podemos atribuir somente ao planejamento bons resultados, pois o professor será o grande viabilizador, sem ele o projeto perde sua potencialidade. É preciso que os professores sejam comprometidos e engajados com o planejamento da escola e a sua funcionalidade, para que a mesma possa dar conta da sua real importância, mesmo que utópica, de oportunizar uma efetiva mudança socioeconômica e política significativa.
Sabendo desta real situação em que os professores se encontram perante a sociedade, na qual as decisões vem de cima para baixo, o docente acaba tornando-se executor das burocracias, deixando de lado as metas estabelecidas no Projeto Educacional. Além desse descaso das autoridades competentes, temos os pais que tampouco estão realmente inseridos no ambiente escolar, no qual, vêem a escola como uma opção de colocarem seus filhos sem precisarem se preocupar.
Esse descaso com a escola, os professores e todo ambiente escolar que é evidente atualmente, é assustador, pois, se pensarmos no caos que a sociedade vive, não é possível que aja uma mobilização que realmente passe pelo Projeto Metadisciplinar, onde, pais, professores, alunos possam elaborar metas e planejamento para uma efetiva mudança social e comportamental, e que almeje uma sociedade mais justa e igualitária e, principalmente, uma educação de qualidade.
Um outro empecilho que deve ser ressaltado e analisado é a falta de aulas atividades. Se analisarmos a situação atual do professor, perceberemos que uma das grandes dificuldades que o mesmo enfrenta e a falta de tempo para o planejamento coletivo, e também para o planejamento da sua própria disciplina. Sabemos que as funções do professor vão muito além dos quarenta e cinco minutos que o mesmo permanece na sala de aula. Não só tem ele o período na sala de aula, como outras atribuição que nem sempre são resolvidas em suas aulas atividades.
Que professor, que nunca corrigiu uma atividade de seus alunos em casa, por falta de tempo para executar as mesmas nas aulas atividade? Como um professor que trabalha quarenta horas semanais, terá tempo de preparar aula para suas turmas, que devem passar de dez, tem tempo para fazer um trabalho bei feito, disponibilizando unicamente do tempo que o estado lhe remunera? É preciso de tempo para planejar, e este tempo para planejar faz parte do nosso trabalho, porem parece que esta hora atividade é mais uma obrigação extra que o professor tem de executar sem ser remunerado. Isso quando o professor consegue disponibilizar o tempo para tal atividade, caso contrário, a planejamento passa a ser somente mais um documento utópico.
Como alcançaremos a nossa escola tão sonhada, se não nos fornecem o que é mais importante para transforma-lá em tal ideal. É na maioria das vezes o professor quem faz a parte filosófica, psicológica e pedagógica acontecer, enquanto isso, o restante dos funcionários da escola se escondem nas secretarias, e passam os dias resolvendo questões administrativas, esquecem que o nosso grande resultado e o crescimento do nosso aluno em todos os aspectos. Enquanto os superiores fazem vistas grossas a esta situação os alunos padecem e os professores perdem as esperanças de poderem concretizar seus sonhos de educadores comprometidos.
Edio Costa


Referências


RAMOS, Paulo. Os pilares da metadisciplinaridade no planejamento. Blumenau. Odorizzi, 2007.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995.

sábado, 18 de julho de 2009

O BRINCAR COMO FORMA DE APRENDER

Práticas Lúdicas
Ernani José Schneider, 2007
Ao observarmos a palavra lúdico perceberemos que seu significado está intimamente ligado a jogos e brincadeiras. O autor Ernani José Schneider, nos traz reflexões bastante contundente sobre as práticas lúdicas conceitualiza de forma significativa as “necessidades pedagógicas contemporâneas,” promovendo em sua retórica um discernimento sobre a brincadeira e a aprendizagem, e principalmente, de como ela deveria ser vislumbrada pelos profissionais e comunidades envolvidas no processo de construção de conhecimento.
Schneider nos traz alguns apontamentos e questionamentos sobre o fato de que a brincadeira é uma ferramenta indispensável para a pedagogia contemporânea, a significativa produção teórica já acumulada afirmando a importância da brincadeira na constituição dos processos de desenvolvimento e de aprendizagem não foi capaz de modificar as ideias e práticas que reduzem o brincar a uma atividade à parte, paralela, de menor importância no contexto da formação escolar da criança.

As práticas lúdicas no contexto pedagógico possuem um instrumentalizador, o professor, que com maestria coordenará o processo de construção e apropriação do conhecimento. A este a tarefa de encontrar metodologias adequadas, práticas transformadoras. (SCHNEIDER, 2007, p. 05).

Nesse contexto, é importante indagarmos: nossas práticas têm conseguido incorporar o brincar como dimensão cultural do processo de constituição do conhecimento e da formação humana? Ou tem privilegiado o ensino das habilidades e dos conteúdos básicos das ciências, desprezando a formação cultural e humanística da escola? Na realidade, tanto a dimensão cultural e artística quanto científica, deveriam estar contempladas nas nossas práticas junto as crianças, mas para isto é preciso que as rotinas, as grades de horários, a organização dos conteúdos e das atividades abram espaço para que possamos, junto com as crianças brincar e produzir cultura.
Dessa forma, muitas vezes nos sentimos aprisionados pelos horários e conteúdos programáticos e sistemáticos, rigidamente estabelecidos e não encontramos espaço para a fruição, para o fazer artístico ou para a brincadeira. Será que é possível organizar o nosso trabalho e a escola de forma que este espaço seja garantido? Contudo vale a pena refletir sobre essas questões para vislumbrarmos formas de transformar nossa vida nas escolas, organizando-as como espaço nos quais aprendemos e vivemos experiências de sermos sujeitos culturais e históricos.
A brincadeira está entre as atividades freqüentemente associadas e avaliadas por nós como tempo perdido. Essa visão é fruto da ideia de que a brincadeira é uma atividade oposta ao trabalho, sendo por isto menos importante, uma vez que não se vincula objetivos claros, que conseqüentemente não geram resultados.
Mas a brincadeira também pode ser séria, e no entanto muitas vezes brincamos e na brincadeira também trabalhamos. Diante dessas considerações será que podemos pensar na brincadeira de forma mais positivas, não apenas como oposição ao trabalho e ao conteúdo programático, mas como uma atividade que se articula aos processos de aprender, conhecer e se desenvolver.

Édio Costa

terça-feira, 28 de abril de 2009

Geoarte


Este bolg destina-se a todos os sujeitos loucos e inconcequentes pela Arte - Geografia e Educação...
Que tem em seu fazer pedagógico a necessidade de transgressão.

Muito obrigado pela visita e sinta-se a vontade.